Combate às notas inflacionadas deu resultados em 80% das escolas
As discrepâncias entre notas internas e externas continuam a preocupar a comunidade educativa. Há, no entanto, alguns avanços. A IGEC analisou à lupa 12 escolas, públicas e privadas, que lecionam o Ensino Secundário, e fez várias recomendações. Reforçar a carga horária nas disciplinas com mais insucesso e reajustar práticas pedagógicas já estão a dar resultados.
“Do total de escolas intervencionadas, 83,3% reduziu o valor do indicador do alinhamento das notas internas de 2017 para 2018”, pode ler-se no relatório “Avaliação das Aprendizagens dos Alunos do Ensino Secundário”, homologado este mês pelo ministro da Educação.
O indicador de alinhamento compara as notas atribuídas pela escola aos seus alunos com as notas internas atribuídas pelas outras escolas do país a alunos com resultados semelhantes nos exames nacionais.
Por disciplinas, foi a Português que mais se notou a melhoria de alinhamento face às médias das restantes escolas. O relatório refere que a oralidade é muitas vezes considerada pela classificação máxima, sem que haja plena fundamentação.
Para melhor avaliar o efeito das recomendações, o IGEC comparou os resultados com o desempenho de grupo de escolas de controlo e veio a concluir que o efeito do ajustamento foi maior nas escolas inspecionadas. Nestas, a variação entre 2017 e 2018, foi de menos 33,4% e nas restantes de menos 17,3%.
Segundo o Ministério da Educação, estamos diante de um “trabalho importante, no sentido de promover a qualidade dos procedimentos de avaliação interna em todas as escolas, tanto públicas como privadas e, assim, a igualdade de oportunidades”. Conclui que é uma linha de trabalho que está a produzir resultados positivos e que por isso vai ter continuidade.
Consulte o relatório da IGEC em PDF neste link.
Fonte: Jornal de Notícias e Inspeção-Geral da Educação e Ciência